domingo, 23 de novembro de 2008

Fonte: Google
Que língua
é essa?

Vivemos num meio cultural que determina traços comportamentais que evoluem com o tempo. Não seria diferente com a língua falada, pois o processo de evolução do idioma é algo que acontece naturalmente entre seus falantes nativos, seja no contato com familiares e/ou com a comunidade desde os primeiros anos de vida do falante. Segundo o autor do livro Preconceito Lingüístico, Marcos Bagno, ninguém fala errado sua língua mãe, ou seja, aquela que falamos desde pequenos e que fomos criados com ela. Assim como não há erro de Português, mas sim erros gramaticais. A gramática é uma tentativa de expressar a Língua falada. Não existe nenhuma ortografia no mundo capaz de reproduzir fielmente a fala, dessa forma é necessário haver um consenso entre língua falada e norma culta.
A Universidade é um ambiente propício para exercitarmos nosso vocabulário, já que no meio
acadêmico é indispensável a utilização da língua, em conformidade com a norma culta. Observando o que acontece no dia-a-dia dos estudantes, do campus Jabaquara, em suas apresentações em salas de aula e projetos integrados, é relevante expor algumas informações e curiosidades da nossa língua portuguesa. Anotem ai algumas dicas:
Se você for apresentar seu projeto integrado no auditório, nunca diga “vou no auditório”, mas sim “vou ao auditório”, pois quem vai, vai a algum lugar;
Pois é, independente da nota, o que vale é o esforço do grupo. Mas espere... Independente ou Independentemente? Independentemente é advérbio e Independente é característica. Então o correto é: Independentemente da nota... Ex: Independentemente do homem, a mulher é independente;
E aí? Para eu fazer ou para mim fazer? Parece fácil né? Mas muita gente erra. O correto é: Esse texto é para eu fazer, pois numa explicação simples, sempre antes de verbo se usa eu e não mim;
A galera diz ter soado muito para terminar o boletim, mas será? Na verdade quem realmente participou, suou, pois quem soa, emite som. Nesse caso o correto é: suado e não soado como falam por aí. É pessoal... Gramática é realmente a arte de escrever.
Sala da Diretora Márcia Maria Campus Jabaquara.

Em busca de respostas

Diretora do campus Jabaquara responde questões sobre a unidade e as pendências encontradas nos cursos

Em entrevista cedida ao Entre Aspas, no último dia 19 deste mês, a diretora do Campus Jabaquara, Márcia Maria Costa, falou a respeito de algumas questões, que interessam aos alunos. Sabe-se da importância de programas de bolsas, da carência de infraestrutura, investimentos nos cursos e em atividades relacionadas a eles, por isso é fundamental que a instituição se posicione frente às pendências existentes, respondendo aos questionamentos dos alunos.
Entre Aspas: Qual o maior benefício que o programa “700 bolsas” viabiliza?
Márcia Maria: A possibilidade de proporcionar acesso ao ensino superior aos candidatos cuja análise do perfil sócio-econômico indique maior dificuldade para arcar com o valor integral das mensalidades.
Entre Aspas: O que os alunos podem esperar da união da Uniradial e a Estácio de Sá?
Márcia Maria: Um maior volume de investimentos em infra-estrutura, algo que já aconteceu no 2º semestre de 2008 no campus Jabaquara, com a melhoria do parque de informática; Montagem de mais dois laboratórios, o que permitiu a oferta de laboratório de uso livre praticamente todos os dias até 22h. Também foi ampliado o número de recursos áudio-visuais, foram instalados microfones em várias salas, os laboratórios dos cursos de engenharia e comunicação receberam equipamentos e acessórios adicionais.
Entre Aspas: Em virtude da transferência de alguns cursos para o Santa Amália, qual é a perspectiva de investimentos na infraestrutura da unidade? Qual o critério que define um ou outro curso ir para a unidade Santa Amália?
Márcia Maria: Os investimentos já começaram a ser feitos ao final do semestre passado, com reforma geral de todas as salas de aula, compra de recursos de áudio-visual (data show, retroprojetor, TV/DVD) para uso no prédio, sala dos professores e posto avançado do Núcleo de Atendimento ao Estudante, onde houve atraso para liberação do atendimento em virtude de problemas técnicos para transmissão de dados, porém, deverá estar funcionando antes do final do semestre.
Para 2009, está prevista a segunda etapa da reforma de salas, a ampliação do Núcleo de Atendimento ao Estudante com integração de um funcionário para atendimento de biblioteca, reforma da área de alimentação com liberação de espaço para a faculdade e construção de laboratório de informática.
Entre Aspas: Qual o curso que exige maior investimento da faculdade, neste campus? Por quê?
Márcia Maria: São os cursos da área de comunicação, as engenharias e educação física. Esses cursos demandam laboratórios e materiais específicos e de elevado custo, combinados a um índice de obsolescência bastante alto.

domingo, 16 de novembro de 2008

Estudantes manifestam indignação pela falta de estrutura que a Estácio Uniradial oferece aos cursos

Pesquisa realizada com alunos de educação física, revela insatisfação

Não existe estrutura suficiente como quadra, vestiários e material adequado para o desenvolvimento de atividades práticas. Os alunos não podem utilizar a quadra do Santa Amália, unidade onde está localizado o curso de Educação Física, pois segundo os coordenadores da Uniradial eles fazem muito barulho e acaba atrapalhando as outras aulas que acontecem no prédio, além da vizinhança, é claro.

“Eles querem que durante a aula não haja barulho, isso é impossível. Eles deveriam melhorar a acústica do prédio, já que a quadra do Santa Amália tem as medidas certas, enquanto a do Radial está completamente errada”.

Ana Carolina Pires da Silva 23, estudante do 2° semestre de Educação Física.

Segundo os alunos o primeiro passo para melhorar a estrutura do curso é com relação à quadra, uma vez que eles a utilizam muito. Outra melhoria importante e urgente a ser realizada é o laboratório de anatomia que não oferece espaço suficiente para a quantidade de alunos, além do material disponibilizado em aula que merece maior atenção.
Os alunos reclamam, também, da falta de informações sobre estágios, aonde ir e como se preparar já que um estágio é fundamental.

“Os professores são bons, porém não eles não têm os recursos suficientes. Eu venho porque eu gosto e também porque sou persistente”.


Gilda Aparecida de Jesus, 30 estudante do 2° semestre de Educação Física.



Alunos de Jornalismo questionam união entre instituições e querem melhorias

Estudantes do 4º semestre de Jornalismo da unidade Santa Amália, fizeram grandes questionamentos quanto à estrutura do prédio, dentre outras questões que ainda são pendentes no curso. O aluno Cleiton Santos, 20, acredita que a união entre as instituições Estácio de Sá e a Uniradial, até agora, não trouxe benefícios significativos nem ao curso nem a Universidade de maneira geral. “Nosso laboratório, é dentro de casa”, completa Diego Rosemberg, de 21 anos, também estudante de Jornalismo, que se mostra preocupado diante da situação precária existente no curso.

Insatisfação entre os alunos engenharia
Um problema vivenciado por todos é a falta de estrutura dos prédios. A Estácio Uniradial investe em publicidade e inclusão de novos alunos, mas não se programa de maneira eficaz para comportar a demanda dos estudantes que ingressam. O universitário, Rodrigo Morari, 28 anos, reclama que as salas do Santa Amália não comportam o número de alunos que lá se encontram, e isso traz dificuldades no aprendizado. Os estudantes reclamam também da falta de posicionamento da instituição, frente ao volume de reclamações feitas, deixando uma sensação de descaso da direção para com os estudantes.
Gestos, expressões, comunicação

Já dizia o velho guerreiro Chacrinha: “Quem não se comunica se estrumbica” e entre os surdos não é diferente. Os surdos se comunicam por meio de sinais realizados com as mãos, combinado a expressões faciais. Graças à luta da comunidade surda, o reconhecimento dessa língua está assegurado no Brasil, que a partir da lei n° 10.436 de 24 de abril de 2002 foi denominada Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Esse decreto assegura a divulgação e, sobretudo o ensino das Libras em cursos superiores de fonoaudiologia e pedagogia, além da divulgação em diversos espaços sociais. De acordo com o Art.23 da mesma lei, as instituições de ensino de educação básica e superior, devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras, em sala de aula e em outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação.
A Feneis (Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos) tem trabalhado em pesquisas com apoio de surdos e ouvintes, e graças a esse comprometimento o mercado já dispõe de dicionários e materiais didáticos para o ensino de Libras, além de realizar pesquisas lingüísticas para conhecer as peculiaridades dessa língua. Quanto mais educadores tiverem acesso ao curso de Libras, os alunos terão uma melhor qualidade de ensino.

Integração dos surdos no meio acadêmico

A Estácio Uniradial é uma das instituições de ensino que investem e valorizam os alunos com deficiência auditiva. Esse investimento começou em 1994, quando a coordenadora Ana Lídia Bastos, iniciou sua gestão na unidade Santo Amaro e começou a desenvolver um trabalho persistente de conscientização entre os professores. Ana Lídia é Pedagoga com habilitação em deficientes de áudio comunicação e possui pós graduação especial na área.
De início, para que os professores entendessem as dificuldades dos surdos oralistas, ou seja, aqueles que fazem leitura labial, a coordenadora fez uma experiência com os educadores colocando algodão em seus ouvidos e pediu para que decodificassem as informações que eram transmitidas na TV; sem conseguir ouvir, os professores começaram a entender as dificuldades dos surdos, e a partir dessa e de outras experiências começaram a mudar a postura em sala de aula. Com a mudança de comportamento dos professores, o ensino da instituição se diferenciou das escolas ditas “especiais” e trouxe aos alunos, com deficiência auditiva, um ensino de boa qualidade e respeito, viabilizando, a inclusão social desses e de novos estudantes. Existem diferenças de poder aquisitivo entre os alunos matriculados em instituições como a Estácio Uniradial e alunos que fazem parte de escolas públicas, explica a coordenadora quando se refere à falta de formação acadêmica e até mesmo de não haver um preparo mais efetivo com relação ao volume de informações que os alunos precisam ter diariamente. Muitos dos alunos surdos que freqüentam a rede pública, além das dificuldades que enfrentam, não contam com incentivo algum dos pais, também por questões culturais. “O que mais me impressiona, são as mães, que não acreditam no potencial dos seus filhos”, desabafa Ana Lídia.
Hoje para ingressar na Estácio Uniradial, o surdo passa por uma entrevista com a coordenadora desses alunos especiais, para que ela oriente de maneira solidária e eficaz o melhor curso a seguir. A instituição conta também, com interpretes de Libras nas salas de aula em que haja alunos com deficiência auditiva, e esse investimento ocorre do ensino Fundamental ao Superior. “Hoje são 38 alunos com deficiência auditiva, do Fundamental, à pós graduação”, afirmou coordenadora.
A caminhada é longa, mas grandes avanços em prol da inclusão desses alunos, já foram conquistados por grandes instituições, não só no espaço acadêmico, mas também em nosso meio social, mostrando que surdos são eficientes.

Coordenadora Ana Lídia com dois alunos de

Administração Alexandre e Vinícius (Da esq. para Dir.)